Queira, ou não, algo de inefável me uniu a esse momento lânguido e único, como que rebocado por um barco veloz, atado por um cabo de aço impossível de ser rompido, mas, mesmo assim, contra anjos e demônios, revelo um filete inesperado da minha personalidade, um traço a originar uma criatura desprovida de intelecto, dotada de vontade própria, uma manifestação auto-assumida do meu anacronismo, portadora do monomaníaco desejo de existir, sobretudo por buscar uma saciedade egoísta dos meus instintos mais primitivos. Dessa forma, logo se vê o quão flexíveis se tornam nossos mais rigídos controles quando se sobrepõe a insanidade para distendê-los.
(Autoria de Christian Rodrigues, datada de 21/07/90, em algum lugar da cidade de Manaus - Amazonas).
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